domingo, 11 de abril de 2010

INCLUSÃO TECNOLOGICA!


É comum ver atitudes do tipo: antigamente não existiam essas coisas ou antigamente não era assim... As pessoas da terceira idade possuem uma resistência natural ao novo, aliás não só a terceira idade, mas também as outras idades (rsrsr).
As Novas Tecnologias invadiram nossos lares ( TV, rádio, vídeo, Computador,imprensa,Internet,etc..)e todas elas são disseminadores de culturas, valores e padrões.
Através O ambiente familiar, antes constituido pela figura dos pais, agora fica diluido entre os mitos eletronicos, que são divinizados (endeusados) e que assumem o cargo de tutor da infância.

Nossas concepções de mundo estão sendo delineadas pelas informações que recebemos por meio das mídias eletrônicas. A TV, além de informar, seleciona, exibe e interpreta o que acontece (Lomas, 2001: 147).

A mídia e a publicidade focam perspectivas da realidade, intervindo na construção de identidade, culturas e relações pessoais. Há uma emergente necessidade de preparar cidadãos que saibam ler, interpretar, analisar criticamente as informações recebidas e selecionar as significativas para si e para o uso coletivo. A população de um modo geral está carente de recursos técnicos e educacionais para enfrentar e lidar com um futuro que caminha na ambigüidade do local e global, do espaço físico e virtual.

Para Pretto, o analfabeto do futuro será aquele que não souber ler as imagens geradas pelos meios eletrônicos de comunicação. E isso não significa apenas o aprendizado do alfabeto dessa nova linguagem (1996:99).

A nova geração é introduzida nesse universo desde o nascimento e por isso sua intimidade com os meios eletrônicos ocorre numa relação de identificação e fascinação (Pretto, 1996).

IDOSOS

A geração dos idosos de hoje tem manifestado suas dificuldades em entender a nova linguagem e em lidar com os avanços tecnológicos até mesmo nas questões mais básicas como os eletrodomésticos, celulares, os caixas eletrônicos instalados nos bancos. Conseqüentemente, aumenta o número de idosos iletrados em Informática, ou analfabetos digitais, em todas as áreas da sociedade.

O perfil de idoso mudou muito nos últimos tempos. pode-se dizer que, na época dos nossos avós, o idoso recolhia-se ao seu aposento e vivia o resto da vida dedicado aos netos, à contemplação da passagem do tempo pela fresta da janela, a reviver as memórias e (re)lembrar e (re)contar as lembranças passadas. Internava-se numa colonia, a pessoa idosa ao passado, ao ontem, não reservando um espaço digno e louvável ao indivíduo na velhice, no tempo presente. Havia (e ainda há) uma exclusão das pessoas idosas na construção do presente e do futuro da humanidade.
O futuro foi sempre considerado dos e para os jovens. Então, quais os espaços de ser na velhice?
Hoje as coisas mudaram, pois os nossos idosos, têm uma vitalidade muito grande.Por isso precisamos elaborar como educadores uma responsabilidade de pesquisar e criar espaços de ensino-apredizagem que insiram os idosos na dinamica participativa dessas novas tecnologias.
Com o aumento da população idosa em nosso pais nos ultimos anos, também tem crescido o numero de idosos iletrados em informatica, são os chamados analfabetos digitai, gerando uma demanda por cursos especializados e direcionados para o ensino básico sobre como ultilizar o computador.
É relevante investigar quais as abordagens adequadas para introduzir o idoso no universo da Informática e construir estratégias metodológicas educacionais para preparar a população da terceira idade (ativa ou aposentada) no domínio operacional dos recursos computacionais. É necessário gerar a alfabetização na nova linguagem tecnológica que se instala em todos os setores da sociedade e promover a inclusão do idoso nas transformações da sociedade.

A abordagem educacional com idosos tem suas peculiaridades e requer a imersão neste universo para compreendê-lo e uma prática pedagógica específica, considerando as características físicas, psicológicas e sociais dessa faixa etária.

Bibliografia

LOMAS, Carlos. "Alfabetização midiática e educação crítica: a mídia e a construção social do conhecimento". In PÉREZ, Francisco C. et al. Ensinar ou Aprender a Ler e a Escrever? Aspectos teóricos do processo de construção significativa, funcional e compartilhada do código escrito, Porto Alegre: Artmed, 2001.

MORRIS, J. M. "Computer-training needs of older adults". Educational Gerontology, 20: (6), 541-555, sep. 1994.

PRETTO, Nelson de Luca. Uma escola sem/com futuro. Campinas-SP: Papirus, 1996.

NOTAS:

* Doutora em Educação / PUC-SP.

1. Este artigo foi extraído do capítulo III da Tese de Doutorado: KACHAR, Vitória. A terceira idade e o computador: interação e produção num ambiente educacional interdisciplinar, pós-graduação em educação: currículo, PUC/SP, 2001.

2. http://www.mbnet.mb.ca/crm/oalt/projovrvue.html

3. Noventa artigos foram localizados e estudados.

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